30. Alguém anda a boicotar…
… a campanha da candidatura de Fernando Negrão à presidência da Câmara Municipal de Setúbal. Alguém, infiltrado no staff superior da candidatura, não gosta do candidato e tudo faz para atropelar-lhe os intentos.
Só assim se compreende a campanha de outdoors que, pelo concelho, vão sendo espalhados em profusão.
Depois da infelicidade que constituiu a primeira tranche de cartazes, com mensagens como a da
SEGURANÇA
TRANQUILA
que deixou muita gente com tremendas enxaquecas, por sucessivas e inúteis tentativas frustradas no sentido de entender o significado real, que não seja uma redundante… redundância - já que, se é segura, ipso facto é tranquila e vice-versa – e a da
COMPETÊNCIA
SERIEDADE
Assim mesmo, como se a ideia a inculcar em quem vê o cartaz fosse a de que havia ali bem menos “seriedade" do que “competência”, esperava-se que a fase seguinte viesse melhorar as coisas.
Não veio. Muito pelo contrário, agravou a situação.
Em cima, poderá apreciar a reprodução dos novos cartazes. Vejamos:
CRESCER SETÚBAL
POLÍCIA MUNICIPAL
Não restam dúvidas. Quem dizia que, pelos cartazes anteriores, mais parecia que o candidato se preparava para concorrer a comandante da Polícia de Segurança Pública de Setúbal, equivocou-se. Por pouco, contudo, como se vê. Era à Polícia Municipal.
Embora lá não esteja dito, preto no branco, intui-se que o que se pretende sugerir é que, uma vez vencida a eleição e empossado no cargo, o agora ainda apenas pretendente criará uma polícia municipal.
Ideia germinada em mentes socialistas, das quais Fernando Gomes, então no Porto, se alcandorou a expoente máximo, de triste memória, aliás, surgida agora parece, além de ainda descabida, extremamente serôdia.
Para completar esta semelhança, só faltava que, no programa da candidatura, estivesse contemplada a criação de pallettes de empresas municipais, com os respectivos “postos de trabalho”, outra ideia extraordinária de raiz socialista.
Mas há outros cartazes. Vejamos, uma vez mais:
CRESCER SETÚBAL
PROMOVER EMPREGO
e
* * *
Nos novos outdoors persiste-se ainda em esconder o mais possível – pela pequenez envergonhada – o símbolo do Partido Social Democrata. E continua a candidatura a manter um logotipo próprio (bem, talvez não totalmente próprio, porque mais parece bem decalcado do logo da Universidade Lusófona…), o que parece inadequado, tratando-se de uma candidatura do PSD.
A menos que não se trate, efectivamente, de candidatura social-democrata, encabeçada pelo independente Fernando Negrão, como era suposto que fosse, mas sim candidatura de Fernando Negrão que, magnanimamente, abriu algumas hipóteses de secundaríssimos lugares ao PSD.
Enfim! Que mais irá acontecer? Não perca os novos episódios de tão interessante quão electrizante saga.
...
Só assim se compreende a campanha de outdoors que, pelo concelho, vão sendo espalhados em profusão.
Depois da infelicidade que constituiu a primeira tranche de cartazes, com mensagens como a da
SEGURANÇA
TRANQUILA
que deixou muita gente com tremendas enxaquecas, por sucessivas e inúteis tentativas frustradas no sentido de entender o significado real, que não seja uma redundante… redundância - já que, se é segura, ipso facto é tranquila e vice-versa – e a da
COMPETÊNCIA
SERIEDADE
Assim mesmo, como se a ideia a inculcar em quem vê o cartaz fosse a de que havia ali bem menos “seriedade" do que “competência”, esperava-se que a fase seguinte viesse melhorar as coisas.
Não veio. Muito pelo contrário, agravou a situação.
Em cima, poderá apreciar a reprodução dos novos cartazes. Vejamos:
CRESCER SETÚBAL
POLÍCIA MUNICIPAL
Não restam dúvidas. Quem dizia que, pelos cartazes anteriores, mais parecia que o candidato se preparava para concorrer a comandante da Polícia de Segurança Pública de Setúbal, equivocou-se. Por pouco, contudo, como se vê. Era à Polícia Municipal.
Embora lá não esteja dito, preto no branco, intui-se que o que se pretende sugerir é que, uma vez vencida a eleição e empossado no cargo, o agora ainda apenas pretendente criará uma polícia municipal.
Ideia germinada em mentes socialistas, das quais Fernando Gomes, então no Porto, se alcandorou a expoente máximo, de triste memória, aliás, surgida agora parece, além de ainda descabida, extremamente serôdia.
Para completar esta semelhança, só faltava que, no programa da candidatura, estivesse contemplada a criação de pallettes de empresas municipais, com os respectivos “postos de trabalho”, outra ideia extraordinária de raiz socialista.
Mas há outros cartazes. Vejamos, uma vez mais:
CRESCER SETÚBAL
PROMOVER EMPREGO
e
CRESCER SETÚBAL
CARTÃO DO IDOSO
Algo por aqui segreda que ninguém do staff de candidatura deu a conhecer ao pretendente as atribuições de um presidente de câmara. Ou, então, toda a campanha foi gizada a partir do manual “como chegar a primeiro ministro”, sem que tivesse havido o mutatis mutandi de zelo.
Na verdade, a promoção do emprego é claramente atribuição de governo central, jamais de executivo municipal. O mesmo se diga relativamente a cartões de idosos e outras liberalidades que tais.
E sempre seria interessante saber como é que uma câmara municipal vai promover o emprego.
CARTÃO DO IDOSO
Algo por aqui segreda que ninguém do staff de candidatura deu a conhecer ao pretendente as atribuições de um presidente de câmara. Ou, então, toda a campanha foi gizada a partir do manual “como chegar a primeiro ministro”, sem que tivesse havido o mutatis mutandi de zelo.
Na verdade, a promoção do emprego é claramente atribuição de governo central, jamais de executivo municipal. O mesmo se diga relativamente a cartões de idosos e outras liberalidades que tais.
E sempre seria interessante saber como é que uma câmara municipal vai promover o emprego.
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Criando postos de trabalho, no seu seio, para a rapaziada? Mas isso não é fórmula já muito batida e descredibilizada? Ou correndo de empresa para empresa, metendo umas cunhas? Dúvida verdadeiramente existencial!
A questão do cartão do idoso também é interessante.
A questão do cartão do idoso também é interessante.
Que poderá a câmara facultar aos idosos com o seu cartão? Assento em bancos de jardim, em tardes soalheiras de Outono, para uma boa e acesa “suecada”? Entradas gratuitas nas matinées de um qualquer cinema, para assistirem a filmes legendados? Acesso privilegiado a um hipermercado com preços de queijo limiano muito em conta?
Nada disto está esclarecido e deixa montanhas de dúvidas e perplexidades. Os cartazes não passam de meros depósitos de (pouquíssimas) palavras, alinhadas sem sentido, que não permitem uma interpretação coerente do que se pretende dizer, quiçá prometer.
É certo que, por outro lado, são um verdadeiro golpe de asa. Como é que nunca ninguém de tal se lembrou? Amanhã, quem estará autorizado a afirmar que não foi cumprido o que se prometeu? É que nada efectivamente se prometeu. Alinharam-se umas palavras, com pouco ou nenhum sentido e interligação, soltas, desgarradas, que qualquer leve brisa muito facilmente transporta para a Taprobana, ou seja, para lá da Cachofarra. Compromisso concreto, porém, não há.
Mesmo que se tratasse de promessas, restaria sempre saber se o pretendente ao cadeirão municipal – ou alguém do seu supremo staff – tem o mais ínfimo vislumbre da real situação económico-financeira do município. E, já agora, se essa situação permite tais sugeridas, mas não declaradas, liberalidades.
Nada disto está esclarecido e deixa montanhas de dúvidas e perplexidades. Os cartazes não passam de meros depósitos de (pouquíssimas) palavras, alinhadas sem sentido, que não permitem uma interpretação coerente do que se pretende dizer, quiçá prometer.
É certo que, por outro lado, são um verdadeiro golpe de asa. Como é que nunca ninguém de tal se lembrou? Amanhã, quem estará autorizado a afirmar que não foi cumprido o que se prometeu? É que nada efectivamente se prometeu. Alinharam-se umas palavras, com pouco ou nenhum sentido e interligação, soltas, desgarradas, que qualquer leve brisa muito facilmente transporta para a Taprobana, ou seja, para lá da Cachofarra. Compromisso concreto, porém, não há.
Mesmo que se tratasse de promessas, restaria sempre saber se o pretendente ao cadeirão municipal – ou alguém do seu supremo staff – tem o mais ínfimo vislumbre da real situação económico-financeira do município. E, já agora, se essa situação permite tais sugeridas, mas não declaradas, liberalidades.
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Nos novos outdoors persiste-se ainda em esconder o mais possível – pela pequenez envergonhada – o símbolo do Partido Social Democrata. E continua a candidatura a manter um logotipo próprio (bem, talvez não totalmente próprio, porque mais parece bem decalcado do logo da Universidade Lusófona…), o que parece inadequado, tratando-se de uma candidatura do PSD.
A menos que não se trate, efectivamente, de candidatura social-democrata, encabeçada pelo independente Fernando Negrão, como era suposto que fosse, mas sim candidatura de Fernando Negrão que, magnanimamente, abriu algumas hipóteses de secundaríssimos lugares ao PSD.
Enfim! Que mais irá acontecer? Não perca os novos episódios de tão interessante quão electrizante saga.
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