22. "Danou-se, cara, danou-se!..."
Acaba de ser inaugurado um novo estilo de blog, o blog da Anesul.
Um estilo em que, não já um simples e descuidado cidadão a nível individual, mas antes uma poderosa associação, usa aquela forma de comunicação com as massas para, sob a forma panfletária – que, infelizmente, tem vindo a perder-se entre nós, porque, afinal, é da discussão directa e frontal, límpida, transparente, que nasce a luz que supostamente a todos há-de iluminar… – meter, como é uso dizer-se, a “boca no trombone” e proclamar aos quatro ventos que algo corre mal uns bons paralelos a sul do “reino da Dinamarca”.
Ora, aquele blog dá a conhecer que, sob o título Porto de Setúbal – mudança de rumo impõe-se, publicou a Anesul, mais extensamente conhecida por Associação dos Agentes de Navegação e Empresas Operadoras Portuárias, um suplemento à edição do jornal Semmais, de 24 Março último, no qual começa por dizer:
"NA SEQUÊNCIA de uma desesperada estratégia de marketing político, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra - APSS, S.A., tem vindo a insinuar-se junto da opinião pública e dos órgãos de poder, através da publicação, em diversos órgãos da comunicação social (local, generalista e especializada), de notícias que visam a apresentação do porto de Setúbal como um el dorado onde tudo corre às mil maravilhas, mas que, para os observadores mais atentos, outra finalidade não terá que não seja uma derradeira tentativa de conseguir a manutenção de cargos, na era pós 20 de Fevereiro de 2005”. (…)
É. A Anesul não faz a coisa por menos!
Segue-se um texto de oito páginas, profusamente ilustrado com gráficos, quadros e fotos do Porto de Setúbal (o tal que constitui certamente o mais grave atentado cometido contra a cidade nos últimos 15/20 anos, por parte do Estado, sem que os responsáveis autárquicos tivessem tomado a posição a que estavam obrigados, ou seja, defender os interesses dos munícipes e da cidade até às últimas consequências… mas isso será tema a trazer à liça noutra oportunidade…), em que a Associação dos Agentes de Navegação visa fundamentar a razão que assevera assistir-lhe, levando a “cacha” tiradas como:
.....- APSS optou claramente pela via da transformação de um mercado concorrencial num monopólio.
.....- APSS acabou por assinar os contratos de concessão em 16 de Julho de 2004, num momento de vazio político
.....- Perante a análise dos factos, o que se verifica é que o movimento do porto retrocede nas áreas concessionadas.
.....- Aumento generalizado dos custos de utilização do porto de Setúbal; perda acentuada de produtividade nas operações portuárias
.....- APSS tem contribuído de uma forma negativa para que o porto se torne cada vez menos competitivo.
.....- As perdas de 20% na produtividade obrigam os armadores a escolher alternativas ao Porto de Setúbal.
.....- Cargas tradicionais do porto de Setúbal são agravadas nos seus custos de movimentação portuária em valores que variam entre os 1.500% e os 40%.
É, sim. A Anesul não faz a coisa por menos!
Termina o documento com uma nota final, que se transcreve nas partes mais significativas:
É esta, pois, a realidade actual do porto de Setúbal. Uma realidade bem diferente daquela que a APSS, já a braços com as consequênciasz negativas da política que delineou para as concessões no porto de Setúbal, pretende fazer passar para a opinião pública e para o governo, através da comunicação social.
Uma realidade que a ANESUL não pode deixar de denunciar sob pena de (…) agravar irremediavelmente a situação do porto (…) Uma realidade que motivou já diversas queixas nos tribunais portugueses e nas instâncias comunitárias competentes (…) Uma realidade que originou já a perda de diversas cargas e tráfegos (…) Daí que a ANESUL não possa deixar de concluir que o Porto de Setúbal necessita de uma mudança de rumo a vários níveis. (...)
Um estilo em que, não já um simples e descuidado cidadão a nível individual, mas antes uma poderosa associação, usa aquela forma de comunicação com as massas para, sob a forma panfletária – que, infelizmente, tem vindo a perder-se entre nós, porque, afinal, é da discussão directa e frontal, límpida, transparente, que nasce a luz que supostamente a todos há-de iluminar… – meter, como é uso dizer-se, a “boca no trombone” e proclamar aos quatro ventos que algo corre mal uns bons paralelos a sul do “reino da Dinamarca”.
Ora, aquele blog dá a conhecer que, sob o título Porto de Setúbal – mudança de rumo impõe-se, publicou a Anesul, mais extensamente conhecida por Associação dos Agentes de Navegação e Empresas Operadoras Portuárias, um suplemento à edição do jornal Semmais, de 24 Março último, no qual começa por dizer:
"NA SEQUÊNCIA de uma desesperada estratégia de marketing político, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra - APSS, S.A., tem vindo a insinuar-se junto da opinião pública e dos órgãos de poder, através da publicação, em diversos órgãos da comunicação social (local, generalista e especializada), de notícias que visam a apresentação do porto de Setúbal como um el dorado onde tudo corre às mil maravilhas, mas que, para os observadores mais atentos, outra finalidade não terá que não seja uma derradeira tentativa de conseguir a manutenção de cargos, na era pós 20 de Fevereiro de 2005”. (…)
É. A Anesul não faz a coisa por menos!
Segue-se um texto de oito páginas, profusamente ilustrado com gráficos, quadros e fotos do Porto de Setúbal (o tal que constitui certamente o mais grave atentado cometido contra a cidade nos últimos 15/20 anos, por parte do Estado, sem que os responsáveis autárquicos tivessem tomado a posição a que estavam obrigados, ou seja, defender os interesses dos munícipes e da cidade até às últimas consequências… mas isso será tema a trazer à liça noutra oportunidade…), em que a Associação dos Agentes de Navegação visa fundamentar a razão que assevera assistir-lhe, levando a “cacha” tiradas como:
.....- APSS optou claramente pela via da transformação de um mercado concorrencial num monopólio.
.....- APSS acabou por assinar os contratos de concessão em 16 de Julho de 2004, num momento de vazio político
.....- Perante a análise dos factos, o que se verifica é que o movimento do porto retrocede nas áreas concessionadas.
.....- Aumento generalizado dos custos de utilização do porto de Setúbal; perda acentuada de produtividade nas operações portuárias
.....- APSS tem contribuído de uma forma negativa para que o porto se torne cada vez menos competitivo.
.....- As perdas de 20% na produtividade obrigam os armadores a escolher alternativas ao Porto de Setúbal.
.....- Cargas tradicionais do porto de Setúbal são agravadas nos seus custos de movimentação portuária em valores que variam entre os 1.500% e os 40%.
É, sim. A Anesul não faz a coisa por menos!
Termina o documento com uma nota final, que se transcreve nas partes mais significativas:
É esta, pois, a realidade actual do porto de Setúbal. Uma realidade bem diferente daquela que a APSS, já a braços com as consequênciasz negativas da política que delineou para as concessões no porto de Setúbal, pretende fazer passar para a opinião pública e para o governo, através da comunicação social.
Uma realidade que a ANESUL não pode deixar de denunciar sob pena de (…) agravar irremediavelmente a situação do porto (…) Uma realidade que motivou já diversas queixas nos tribunais portugueses e nas instâncias comunitárias competentes (…) Uma realidade que originou já a perda de diversas cargas e tráfegos (…) Daí que a ANESUL não possa deixar de concluir que o Porto de Setúbal necessita de uma mudança de rumo a vários níveis. (...)
É mesmo, caramba! A Anesul não faz a coisa por menos!
Isto posto, não causaria admiração por aí além que tivessem começado já a movimentar-se interesses vários e até mesmo sido posto a correr pela cidade abaixo-assinado "recomendando" a recondução dos órgãos dirigentes da APSS.
Como se calcula, perante tal estado de coisas, é funda a ansiedade com que se aguarda o laudo contraditório da APSS.
Força nisso, senhores! Como é que dizem os brasileiros? Ah! Sim! "Pé na tábua e fé em Deus!"
Mas, como bem dizem também os nossos irmãos da parte sudoeste do Atlântico, desta vez “danou-se mesmo, hein, cara?!”
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